Com a menor movimentação de 2012 no PR, terminal de cargas é pouco utilizado

02/03/2013 09:24

 

Estrutura movimentou apenas uma tonelada de materiais no ano passado, contra 44 mil toneladas em Curitiba e 555 toneladas em Foz do Iguaçu. "Grosso modo, está parado, o povo não tem usado", disse o superintendente da Infraero no Município

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enquanto se discute a viabilização do Arco Norte, o atual Terminal de Cargas de Londrina é pouco aproveitado. A avaliação é do superintendente local da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Marcus Vinícius Pio. Segundo ele, o ponto “está parado, o povo não tem usado”. Por conta disso, uma série de tratativas deve ser realizada, como workshops, para movimentá-lo.

Os números da Infraero mostram que, no Paraná, dos três terminais de cargas existentes, o londrinense foi o que menos movimentou importações e exportações no ano passado – uma tonelada em materiais. No de Curitiba foram 44 mil toneladas e no de Foz do Iguaçu, 555 toneladas. As informações são da Infraero.


“Não sei dizer se existe demanda para isso e, se não existe, há risco, porque leva tempo para atrair empresas. Não se pode correr os mesmos riscos e problemas de Maringá, que implantou a rota de transporte internacional até Miami, os investidores injetaram muito dinheiro e o mercado não foi potencializado.”Para o consultor empresarial e coordenador do curso de especialização em logística da Universidade Norte do Paraná (Unopar), Flávio Moura, embora a questão do transporte aéreo de carga seja um gargalo não só no Paraná, mas no Brasil, onde existem 63 terminais, a criação de um empreendimento do tipo, como o Arco Norte, carece de estudos de viabilidade econômica.

Moura acrescenta que Londrina está em uma posição geográfica estratégica, podendo abocanhar parte da demanda deSão Paulo, mas, para isso, precisa oferecer preços competitivos no transporte aéreo de cargas.

“Se tiver pouco movimento, fica difícil baratear. O transporte internacional aéreo é o mais caro e, por isso, funciona bem para cargas rápidas, de pequeno volume e valor agregado, como eletrônicos, joias e medicamentos. Essa estrutura que já existe em Londrina acabou virando elefante branco em virtude do custo altíssimo.”