Lei da Inovação promete unir empresários e ICTs

21/10/2012 14:47

 

Texto aprovado no final de setembro estabelece no Paraná mecanismos de cooperação entre o setor público, o setor privado e a academia

 
No Dia Nacional da Inovação, comemorado na última sexta-feira, a Associação do Desenvolvimento Tecnológico de Londrina e Região (Adetec) promoveu uma mesa redonda com o objetivo de apresentar a Lei de Inovação do Paraná, aprovada no final de setembro. A lei cria benefícios e estabelece mecanismos de cooperação entre setor público, setor privado e academia, chamados pelo secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alípio Leal, de ''tríplice hélice do desenvolvimento''. A lei tem o objetivo de incentivar a pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado. 

No momento, a lei está em fase de regulamentação. Na última quinta-feira ocorreu a primeira reunião de trabalho com a comissão responsável pela regulamentação da lei, e agora é aguardada a indicação de representantes, pelos setores produtivos e pelo governo, para que seja elaborada a proposta. De acordo com Leal, a secretaria espera ter a proposta para a regulamentação até o final de novembro deste ano. ''Mas, paralelamente, alguns artigos já são autoaplicáveis'', observou. 

Para a coordenadora executiva da Associação do Desenvolvimento Tecnológico de Londrina e Região (Adetec), Rosi Sabino, a Lei de Inovação foi aprovada em um bom momento, pois coincidiu com as notícias de que o governo federal anunciou R$ 1,2 bilhão para micros e pequenas empresas inovarem. ''A institucionalização da Lei Estadual de Inovação abre um leque interessante de oportunidades para micros e pequenas empresas trilharem o caminho da inovação.'' 

A lei poderá ainda intensificar a busca dos empresários por estes convênios e cooperações com Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), já que esta procura é considerada pequena pela coordenadora. ''A busca das empresas por ICTs no Paraná é pouco intensa. Existem alguns casos pontuais. A lei pode potencializar a demanda, o que é muito bom. O que temos de empresas que estão com parceria efetiva com ICTs têm se mostrado experiências positivas.'' 

O gerente regional do Senai Paraná, Marco Secco, elogiou a lei, que na sua visão traz benefícios a todas as partes envolvidas, e comentou que agora aguarda a sua regulamentação. O instituto faz parte da comissão que deverá elaborar este conteúdo. Neste processo, o Senai também planeja trabalhar a cultura da inovação dentro das empresas. ''A inovação só é efetiva a partir do momento em que vira um negócio'', definiu. 

Para o presidente da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina (Aintec), Jair Scarmínio, a lei representa um estímulo para a participação do pesquisador no processo de inovação. ''Sem a lei, usávamos a federal, que tem abrangência a todos os estados. Mas uma lei estadual tem que ser adaptada às normas estaduais e pode trazer novidades em relação à federal.''

Fonte: Folha de Londrina