Síndicos profissionais ganham espaço em condomínios de Londrina

06/07/2013 15:18
Roberto Custódio/Jornal de Londrina / O síndico profissional Luiz Antônio Zanelatto visita o condomínio que administra pelo menos duas vezes por semanaO síndico profissional Luiz Antônio Zanelatto visita o condomínio que administra pelo menos duas vezes por semana

A demanda pelo serviço e a falta de candidatos dispostos a assumir a função têm aberto espaço para a atuação do profissional especializado na administração de condomínios na cidade

 

 

Luiz Antônio Zanelatto, da empresa de consultoria e contabilidade Planase, é gerente de negócios e síndico profissional certificado pela empresa paulistana Gábor RH. Entre os temas abordados no curso on-line para síndicos estão todas as questões referentes à gestão do condomínio, o funcionamento de assembleias ordinárias e extraordinárias, os limites mínimos de participação para aprovação de determinados assuntos, elaboração de regimento interno, prestação de contas e os cuidados na elaboração dos horários dos funcionários, para que não haja dupla função que implique em problemas trabalhistas ao condomínio.

O diretor de condomínio do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Arthur Harbs, atua como síndico profissional autônomo há oito anos. Ele conta que começou na administração do próprio prédio. Atualmente, ele gerencia mais três condomínios na cidade. “As responsabilidades do síndico despendem tempo e disposição. Como se trata da minha atuação profissional, não tenho problema com isso”, ressalta.

Mas como ficam as rusgas entre moradores, as reclamações com o vizinho que estacionou na vaga alheia, que escuta som alto demais ou que deixou lixo no corredor? O síndico profissional Luiz Antônio Zanelatto disse que mantém uma agenda de visitas ao condomínio de pelo menos duas vezes por semana e garante: estará sempre disponível para resolver qualquer problema.

Há ainda a figura do vice-síndico, que continua sendo um morador e fica responsável por intermediar a relação entre os membros do condomínio e o síndico. “Além do vice-síndico, existe o conselho consultivo e fiscal, composto por moradores, para quem são apresentados todos os relatórios de prestação de contas”, lembra Zanelatto. Na avaliação de Arthur Harbs, que já frequentou cursos específicos sobre como evitar conflitos, o fato de não viver no condomínio que administra o isenta de pessoalidades e o torna uma pessoa neutra. “Facilita muito”, garante.

Entre as razões que levam os moradores a optar por uma administração externa, está a insatisfação com uma administração anterior, o fato de nenhum condômino aceitar a função, a dificuldade em lidar com moradores e funcionários, a desorganização ou a falta de tempo.

Desde 2002, com a publicação do Novo Código Civil, qualquer pessoa pode se candidatar ao cargo de síndico, mesmo que não seja morador ou proprietário de imóvel no condomínio. Basta que seja eleita em assembleia pelos moradores. A certificação do síndico profissional ainda não é exigida pela legislação, mas garante credibilidade ao trabalho realizado. “É importante na hora de apresentar as contas aos moradores”, afirma Luiz Antônio Zanelatto.

  Fonte: Jornal de Londrina